Durante a infância, a criança passa por diversas situações em que é preciso aprender a
lidar com a frustração, a tristeza, a alegria e outros sentimentos. Quando esse aprendizado
não faz parte da educação, é normal que os pequenos sintam dificuldade ao se depararem
com essas emoções e momentos, o que pode prejudicar seu desenvolvimento.”
A Revista Crescer publicou recentemente que os ex-membros seniores da realeza britânica, Harry e Meghan Markle, matricularam seu filho Archie em um berçário que ensina “alfabetização emocional”. O termo já nos é conhecido, mas fomos mais a fundo atrás de entender tudinho sobre este formato de educação e te explicar como ele funciona. A alfabetização emocional é aquela que se preocupa com as emoções, para que elas servem e de que forma podem ser expressadas, ensinando a criança a se compreender e a entender seus sentimentos, bem como melhorar a compreensão sobre o que o outro está sentindo e, dessa forma, contribuir para um crescimento mais saudável. “Durante a infância, a criança passa por diversas situações em que é preciso aprender a lidar com a frustração, a tristeza, a alegria e outros sentimentos. Quando esse aprendizado não faz parte da educação, é normal que os pequenos sintam dificuldade ao se depararem com essas emoções e momentos, o que pode prejudicar seu desenvolvimento”, destaca o psiquiatra, professor e escritor, Augusto Cury.
Assim, a alfabetização emocional se apresenta como uma oportunidade de enfrentar os comportamentos disruptivos, a agressividade e os conflitos nas relações interpessoais e outros problemas relacionados aos aspectos psicológicos. “Ao educar as emoções, é possível diminuir a ocorrência dessas dificuldades e promover um desenvolvimento mais saudável”, observa Cury. Segundo o portal escoladainteligencia.com.br, esse é um desafio para escolas e famílias, que são responsáveis por ajudar as crianças a desenvolverem suas habilidades socioemocionais. Sendo assim, trabalhar os aspectos emocionais desde cedo aumenta as chances de conseguir os resultados esperados para um crescimento saudável.
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Para os especialistas, são inúmeros os benefícios que a alfabetização emocional traz para as crianças, principalmente se começar a ser aplicada desde os seus primeiros anos de vida. Listamos aqui, 7 deles que consideramos mais relevantes:
1. Entendimento e gerenciamento das emoções
Com a alfabetização emocional, a criança aprende a reconhecer e a identificar as próprias emoções, algo importante para o autoconhecimento. Ela passa a entender o que cada sentimento significa, adquirindo uma compreensão melhor sobre si mesma. Além disso, a alfabetização emocional também contribui para o controle das emoções, permitindo que os pequenos não sofram tanto com as decepções,
não se descontrolem em momentos de tensão e saibam reconhecer seus pontos fortes.
2. Facilita o desenvolvimento
Com o controle sobre os sentimentos e as emoções, o desenvolvimento geral também é beneficiado, pois a criança terá menos problemas de ordem pessoal, conseguindo crescer nas outras áreas, com menos interrupções.
3. Ajuda na tomada de decisões pessoais
O entendimento e a compreensão das emoções possibilita ao indivíduo uma maior facilidade de fazer suas escolhas de acordo com seus sentimentos, desejos e, principalmente, autoconhecimento. “É importante que a criança saiba do que gosta, do que não gosta, quais são suas atividades favoritas e as consequências que as suas decisões trazem”, ressalta o psiquiatra.
4. Colabora para a maturidade emocional
Preparar indivíduos para ter uma boa maturidade emocional é muito importante para a vida. Na infância, crianças mais despreparadas em suas emoções, muitas vezes são mais briguentas, se irritam com maior facilidade e têm dificuldades de relacionamento, pois não são capazes de controlar os sentimentos e respeitar os dos outros. Por isso, problemas como bullying, brigas e isolamento são comuns em escolas que não trabalham os aspectos socioemocionais com os estudantes.
5. Produz resiliência
A resiliência é a capacidade de lidar com problemas, se adaptar às mudanças, superar obstáculos e se sair bem em momentos de pressão. A criança que for trabalhada com a alfabetização emocional aprende a ser resiliente e encontra menos dificuldades para lidar com situações estressantes, seja uma mudança de escola, uma prova importante ou desafios na vida adulta.
6. Previne conflitos internos
Todo mundo enfrenta momentos de instabilidade interna e certas situações podem nos deixar tristes, ansiosos, nervosos, com medo ou envergonhados. Por isso, é preciso saber como agir nesses períodos para evitar problemas sérios. “A criança deve aprender a respirar fundo, refletir e entender o que a perturba”, ensina o portal Escola da Inteligência. Com essa abordagem, é mais fácil se acalmar, manter o equilíbrio interno e se proteger contra fatores que possam afetá-la de maneira negativa.
7. Maior facilidade para lidar com frustrações
As frustrações fazem parte da vida e da infância de qualquer pessoa, porém é preciso saber lidar com essas situações de maneira saudável. Quando a criança não aprende a lidar com a frustração, é normal que o sentimento seja muito forte, prejudicando o desenvolvimento e provocando outros problemas. Por outro lado, quando ela entende que a frustração faz parte da vida, é mais fácil lidar com o momento e superá-lo rapidamente. Desse modo, ela não fica abatida por muito tempo nem sofre mais do que deveria por pequenas frustrações diárias, tendo a capacidade de viver a infância intensamente.
Tanto a escola como a família podem trabalhar em conjunto os aspectos emocionais das crianças no âmbito da alfabetização emocional. Uma forma simples e prática, que já aplicamos aqui no Colégio Carpe Diem, é ensinar nossos alunos a lidar com os sentimentos e as emoções de forma saudável, através de todas as dinâmicas propostas. Acreditamos que o controle das emoções é um exercício diário que, se bem trabalhado, promove um crescimento e um desenvolvimento mais completos, melhorando os relacionamentos interpessoais e proporcionando que as crianças de hoje se tornem indivíduos mais inteligentes emocionalmente no futuro.
Gostou de aprender mais sobre o tema? Conta pra gente o que você já faz para que
o seu filho aprenda a lidar com as emoções.
fontes: https://escoladainteligencia.com.br
https://revistacrescer.globo.com
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